Misery

Autor: Stephen King

Título Original: Misery

Ano de Publicação: 1987

Editora Portuguesa: 11×17

Editora Original: New English Library

Nº de páginas: 480

Sinopse: Paul Sheldon é um famoso escritor de romances cor-de-rosa, tornado célebre pela personagem principal das suas obras, Misery Chastain. Porém, Sheldon entendeu que estava na hora de virar a página e decidiu «matar» Misery. É então que sofre um terrível acidente de viação e é socorrido por Annie Wilkes, uma ex-enfermeira que o leva para sua casa para o tratar. O que Paul não sabe é que Annie, a sua salvadora, é também a sua maior fã, a mais fanática e obcecada de todas — e está furiosa com a morte de Misery. Ferido e incapaz de andar, totalmente à mercê de Annie, Paul é obrigado a escrever um novo livro para «ressuscitar» Misery, como uma Xerazade dos tempos modernos nas mãos de uma psicopata tresloucada que há muito deixou de distinguir a realidade da ficção.

Os 10 melhores livros de Stephen King segundo seus fãs - Blog da TAG
Stephen King

Opinião: Stephen King é o grande Mestre do Terror. Desde do primeiro livro que li de King que me tornei um fã instantâneo da sua escrita e histórias sombrias peculiares com um toque especial macabro.

Este foi dos melhores livros que li deste escritor. Se querem saber o que é Stephen King, este é um dos livros que devem ler, assim como A História de Lisey e o Retrato de Rose Madder.

Basta qualquer leitor ler a sinopse deste livro para levantar uma sobrancelha e dirigir-se ao balcão para o comprar e ir para casa, sentar-se no sofá a lê-lo. Se a parte detrás do livro já nos deixa intrigado, o seu conteúdo intenso e macabro deixa-nos tão perplexos que somos obrigados, por vezes, a fazer pausas entre capítulos. No fim, só gratos pelo dinheiro bem gasto!

Neste livro, King revive o que deve ser um dos maiores medos de um escritor: estar sobre a mira de um fã doentio capaz de tudo. Neste caso, é retratada a história do escritor Paul que, após uma acidente de viação, fica sobre os cuidados de Annie, sua maior fã, enfermeira e que está muito zangada com o último livro que ele lançou.

A construção das personagens é o mais complexo e brilhante deste livro. As torturas físicas e psicológicas fazem-nos sentir claustrofóbicos no próprio livro. Queremos parar de ler, mas os olhos seguem as letras até ao fim de cada frase. Quando demos por isso já terminámos o livro. Annie, é, sem dúvidas, a melhor personagem do seu livro. Infelizmente, Paul vai ser a vítima da excelência dessa criação de King. Acho que nunca tive tanta pena de uma personagem, como senti por Paul.

Para, das melhores parte do livro foram um dos castigos de Annie e uma parte do final que nos faz ficar de olhos arrepiados e mal conseguimos respirar com a intensidade da cena criada pelo escritor.

Outros livros que li do autor: O Retrato de Rose Madder; Misery; Metade Sombria; Boleia Mortal; Bem Vindos a Joyland; A Hora do Vampiro; A Cúpula I; A História de Lisey.

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Mark Presley.

Lembro-me de ti

Autor: Yrsa Sigurðardóttir

Título Original: Ég man þig

Ano de Publicação: 2010

Editora Portuguesa: Quetzal

Editora Original: Veröld

Nº de páginas: 398

Sinopse: Três jovens propõem-se recuperar uma velha casa de uma aldeia abandonada, algures nos Fiordes Ocidentais islandeses.
Mas não imaginam o cataclismo que este inofensivo trabalho vai desencadear. Na outra margem do fiorde, um psiquiatra investiga o suicídio misterioso de uma mulher mais velha que poderá estar ligado ao desaparecimento do seu próprio filho.

Yrsa Sigurdardóttir - Salomonsson Agency
Yrsa Sigurðardóttir

Opinião: Yrsa Sigurdardóttir é uma escritora islandesa que vive com a família em Reiquejavique. Atualmente, além de escrever bestsellers, é, ainda, diretora de uma empresa de engenharia na Islândia.

É sem dúvida um livro de fazer arrepiar. Foi o primeiro livro que li que me fez sentir verdadeiramente medo. Sabem aqueles filmes de terror de qualidade que nos fazem saltar do sofá? Bem, este livro tem o mesmo efeito, mas ao invés de saltar-mos de susto, a trama faz o leitor ficar paralisado de medo a segurar o livro entre mãos.

O livro segue duas perspetivas: a de 3 jovens que vão para uma ilha isolada restaurar uma casa iniciando uma série de eventos arrepiantes e a de uma psiquiatra que investiga um suicídio que de uma forma invulgar parece ter ligação ao desaparecimento do seu filho. Inesperada e assustadoramente, são a forma como a escritora interliga esta obra com uma escrita muito sua.

Leiam!

Outros livros lidos da autora: Cinzas e Poeira (Þóra Guðmundsdóttir #3).

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Mark Presley.

Os Homens que Odeiam as Mulheres #1

Autor: Stieg Larsson

Saga: Millennium

Título Original:  Män som hatar kvinnor

Ano de Publicação: 2005

Editora Portuguesa: Oceanos

Editora Original: Norsteds

Nº de páginas: 576

Sinopse: O jornalista de economia Mikael Blomkvist precisa de uma pausa. Acabou de ser julgado por difamação ao financeiro Hans-Erik Wennerstrom e condenado a três meses de prisão. Decide afastar-se temporariamente das suas funções na revista Millennium. Na mesma altura, é encarregado de uma missão invulgar. Henrik Vanger, em tempos um dos mais importantes industriais da Suécia, quer que Mikael Blomkvist escreva a história da família Vanger. Mas é óbvio que a história da família é apenas uma capa para a verdadeira missão de Blomkvist: descobrir o que aconteceu à sobrinha-neta de Vanger, que desapareceu sem deixar rasto há quase quarenta anos. Algo que Henrik Vanger nunca pôde esquecer. Blomkvist aceita a missão com relutância e recorre à ajuda da jovem Lisbeth Salander. Uma rapariga complicada, com tatuagens e piercings, mas também uma hacker de excepção. Juntos, Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander mergulham no passado profundo da família Vanger e encontram uma história mais sombria e sangrenta do que jamais poderiam imaginar.

Opinião: Stieg Larsson foi jornalista e editor da revista Expo e um dos melhores peritos mundiais no estudo de movimentos antidemocráticos, extrema-direita e nazis. Morreu subitamente em 2004, aos 50 anos, deixando por publicar os primeiros 3 volumes da trilogia Millennium, um sucesso mundial.

Bem, este livro foi uma surpresa e fugiu a tudo o que tinha imaginado que seria o livro em si e pela positiva.

Este 1º livro que dá inicio não há trilogia, mas saga, Millennium, inicia-se com Mikael Blomkvist, jornalista de economia e editor e sócio da revista Millennium acabado de ser condenado a prisão por difamação. Enquanto aguarda o tempo para cumprir a sua pena e se afasta da revista, recebe uma proposta de trabalho de Henrik Vanger par escrever uma biografia da família Vanger e descobrir a verdade sobre o desaparecimento/homicídio da sua sobrinha-neta Harriet há quase 40 anos. Nisto temos o desenvolvimento da história de Lisbeth Salander, hacker e especialista em investigar pessoas, com um história de vida difícil, conturbada.

A investigação de Mikael leva-o a descobrir segredos tenebrosos da família Vanger e nada é o que parece e em ninguém se pode confiar. Quando os caminhos do jornalista e hacker de enlaçam, novas portas daquele mistério se abrem e depressa a vida de ambos pode estar em risco e o coração dos dois decide atrapalhar a situação.

O livro em si é muito descritivo e pormenorizado sobre a história da família Vanger, tornando o trabalho do leitor em tentar decifrar o mistério de Harriet e demonstrando a dificuldade do jornalista que tem de interligar todos os pormenores e observar novas perspetivas que a polícia deixou de parte. As personagens Mikael e Lisbeth são de tal forma trazidas à vida que por vezes dava por mim a encolher-me com os olhares vazios e frios da hacker ou a querer lisonjear Mikael pelos seus feitos.

Já tenho comigo os próximos 4 livros e estou curioso para ler as novas aventuras de Mikael e Lisbeth. O próximo livro chama-se A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e um Fósforo. O que será que espera a estes dois?

Próximo livro: A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo

Trailer do Filme Millennium 1 – Os Homens que Odeiam as Mulheres

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Mark Presley.

Fúria Divina #4

Autor: José Rodrigues dos Santos

Saga: Tomás Noronha

Ano de Publicação: 2009

Editora Original: Gradiva

Nº de páginas: 583

Sinopse:  Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de alarme em Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA, o historiador e criptanalista português Tomás Noronha é confrontado em Veneza com uma estranha cifra.
Ahmed é um menino egípcio a quem o mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e indulgente do islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo professor com um islão diferente, agressivo e intolerante. O mullah e o novo professor digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazer uma escolha que nos transporta ao maior pesadelo do nosso tempo.
E se a Al-Qaeda tem a bomba atómica?

José Rodrigues dos Santos - Portal da Literatura
José Rodrigues dos Santos

Opinião: José Rodrigues dos Santos é um escritor português nascido em Moçambique em 1964. Doutorado em Ciências da Comunicação, ficou conhecido, essencialmente, pelo seu trabalho de jornalismo na Rádio Macau, BBC em Londes, RTP e, ainda, foi colaborador permanente da CNN entre 1993 e 2002. Atualmente, é professor na Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP, sendo, ainda, um dos jornalistas portugueses mais premiado.

Cada vez que início um livro de um autor que é uma estreia para mim fico sempre reticente, numa de começo a ler já ou deixo para mais tarde. É sempre com bom grado que descubro que este recear inicial é colocado de parte quando o livro se revela bom!

Fúria Divina é o 4º livro pertencente à saga Tomás de Noronha que, atualmente, conta já com 9 livros. Embora sendo um elemento de uma saga, cada livro pode ser lido por qualquer ordem sem que interfira com a leitura. A personagem principal, Tomás de Noronha, uma historiador e criptanalista, mantêm-se e pode haver certas referências a personagens ou acontecimentos, mas a aventura é nova e o escritor fez um excelente trabalho que possibilista o leitor ler qualquer dos seus livros.

O livro inicia-se com Tomás a ver as suas férias com a mãe, diagnosticada com Alzheimer, nos Açores, interrompidas pela CIA. Depressa é arrastado para Itália e feito, “quase” contra a sua vontade membro da uma organização que tem como fim descobrir, intersetas e eliminar ameaças nucleares em todo o globo. Numa reunião, o historiador é aliciado por uma bela mulher da CIA a decifrar um código enviado pela Al-Qaeda para um computador num cibercafé em Lisboa.

A estória é balenciada entre a lua de Tomás e a NEST em desvendar o código e células adormecida da Al-Qaeda  e o desenvolvimento da vida de Ahmed, muçulmano e a viver no Egito que se debruça sobre a história do Islão.

Achei que o livro tivesse uma trama suave e de fácil compreensão, acessível a todos. A forma delicada e pormenorizada em como autor nos guia e nos ensina sobre o Islão foi super interessante e capaz de reter o leitor nas páginas.  Tomás, achei uma personagem bastante apelativa e engraçada com traços de um típico homem português com uma queda por mulheres bonitas, desta vez uma bela operacional da CIA (o final do livro é tão engraçado à conta disto!).

O tema do livro também me atraiu bastante – terrorismo. Com várias alusões a diversos atentados, como o da Torres Gémeas,  e divulgado factos reais sobre o poder nuclear e como o sistema que o protege está corrompido e degradado, por exemplo, na Rússia, dezenas de produtos nucleares, como urânio enriquecido, e que pode ser usados para construir uma bomba nuclear, estão desaparecidos e sob posse que ainda hoje é uma incógnita. Senti, contudo, falta de um pouco mais de ritmo e adrenalina no desenvolvimento da trama.

Fiquei com imensa vontade de ler mais de José Rodrigues dos Santos, e, garanto-vos!, irei fazê-lo brevemente.  Espero que o façam também.

Outros livros que li do autor: O Último Segredo (Tomás Noronha #5); Vaticanum (Tomás Noronha #8)

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Mark Presley.

Presa e Predador

Autor: Gordon Reece

Título Original: Mice

Ano de Publicação: 2010

Editora Portuguesa: Saída de Emergência

Editora Original: Mande

Nº de páginas: 240

Sinopse: Shelley e a sua mãe já sofreram a sua dose de ameaças e violência. Quase morta por um trio de agressores na escola, e ainda fragilizada pelo humilhante divórcio dos pais, a jovem encontrou refúgio com a mãe num retiro sossegado no campo.
Os problemas parecem ter terminado e nada lhes dá mais prazer do que saborear uma vida segura em torno de livros, jardinagem, chocolate quente e música à lareira. Mas na véspera do seu aniversário, um visitante perturba a paz da mãe e filha e algo em Shelley rebenta.
O que era um idílio transforma-se numa história de medo, lealdade familiar e luta pela segurança, mesmo que implique quebrar todas as convenções morais. O que está certo ou errado quando a sobrevivência está em jogo? Quando é que a presa se transforma em predador?

Presa e Predador - Livro - WOOK
Gordon Reece

Opinião:  Gordon Reece é um escritor e ilustrador que nasceu em Inglaterra em 1963, mas está sediado de momento na Austrália. Com 16 livros publicados, maior parte para crianças,  Presa e Predador estreia-se como o seu primeiro thriller e suspense para jovens adultos.

Este foi o único livro que li do autor, mas devo dizer que me surpreendeu, pois o livro foi uma caixinha de surpresas por  não se revelar nada do que estava à espera.  Parece mau o que estou a dizer, mas não! Adorei o livro! 240 páginas que se leram num ápice!

Desde das memórias de sobre os atos horrendos de colegas das escola, do divórcio marcante que afetou a mãe  até ao abandono do pai, Shelley  revelou ser um saco de emoções prestes a rasgar-se e a mudar o seu mundo e da sua mãe para sempre. Identifiquei-me imenso com Shelley, que preferia se culpar a si  pelos atos de outros, sofrer em silêncio e evitar pedir ajudar.

Shelley e a mãe acabam por descobrir que, embora escondidas numa nova casa, por vezes a segurança que sentem fechadas naquela distante casa pode pô-las na mira de outros perigos. O próprio leitor pode ser induzido pelas lembranças de Shelley pelos ataques sofridos na escola ou episódios familiares que será o passado a bater à porta para as atormentar. Contudo, não é o passado que lhe bate à porta, mas sim uma surpresa noturna que o futuro guardou para ambas. E num espaço de horas, o que podia ser um assalto assustador sem complicações toma proporções inesperadas quando o saco de emoções de Shelley se rasga e ela, inundada pelo dilúvio desconcertante das emoções, toma uma atitude que vai mudar o rumo da sua vida e da sua mãe.

Este livro surpreendeu-me mesmo muito e espero que Gordon Reece pretenda escrever mais livros do género.

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Mark Presley.