Erasmus

Com Mark Presley, pretendo essencialmente publicar opiniões sobre livros, séries, mas, também, falar de vários temas diferenciados, especiais ou sinta a necessidade de escrever ou partilhar convosco. Com o tempo irão ver e agora vou escrever sobre… Erasmus!  Mesmo isso, uma experiência que tive ainda este ano .

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Sou estudante de Licenciatura de Enfermagem e fiz, neste terceiro ano de curso, Erasmus durante 2 meses na Polónia. Para quem não sabe, o programa Erasmus é o acrónimo inglês para European Region Action Scheme for the Mobility of University Students (Plano de Ação da Comunidade Europeia para a Mobilidade de Estudantes Universitários).

Nunca me tinha passado pela cabeça fazer em Erasmus e foi uma decisão espontânea, com alguns recuos. Lembro-me de esta no segundo ano da licenciatura, sentado à sombra de uma paragem de autocarros com colegas e amigas e começarmos a conversar sobre o assunto. Sabe-se lá de onde o assunto surgir, mas depressa demos por nós a dizer coisas como “gostava de ir”, “deve ser uma experiência em tanto” e “devíamos ir”. E naquela conversa ficou decidido que íamos fazer Erasmus, os três juntos. É claro que muitas vezes já sabem o país que querem ir, mas nós queríamos ter a experiência em si, num país escolhido em conjunto e que nos fizesse escrever enquanto seres humanos, tornar-nos mais independentes e que nos oferece-se outra visão de Enfermagem.

Depois disso foi escolher o país no qual fazer Erasmus. Começamos por saber com que países a nossa escola tinha acordo. E lá escolhemos Espanha! A sério! Era perto e falavam espanhol, embora, como é óbvio, logo a pusemos de parte. Espanha ficaria demasiado caro, era mesmo ao lado e não nos podíamos cingir a um país por causa da barreira linguística. Do nada, estávamos a enviar papéis para Polónia e a inscrever-nos num curso para desenferrujar e desenvolver as nossas capacidades linguísticas em inglês.

Só de relembrar todo o processo… foi longo e um ano intenso. Céus! Desisti uma vez, por motivos pessoais e bastante receio do desconhecido. Além de ir estar meses fora, seria a minha primeira vez num avião e a viajar para o estrangeiro. Depois a resposta do outro lado! Éramos aceites ou não? Íamos em fevereiro ou no final do semestre? Íamos para a Polónia ou tínhamos de escolher outro sitio? Quanto tempo? Que estágios nos garantiam uma vez lá?

Posso dizer que foi uma “corrida do caneco”, passo a expressão!

Se voltasse atrás, repetia? Sim! A bagagem que trago da experiência valeu todos os mini ataques de coração, surtos de desespero, receios parvos… Tudo!